Home > Blog de Apoio e Recuperação > Backup do RHEV: Por que é importante?

Backup do RHEV: Por que é importante?

1 Star2 Stars3 Stars4 Stars5 Stars
(9 avaliações, média: 4,95 de 5)
Loading...
Atualizado 10th janeiro 2023, Rob Morrison

Introdução ao RHEV

RHEV significa Red Hat Enterprise Virtualization (frequentemente chamado só de RHV). Se trata de uma plataforma de virtualização da Red Hat que combina o OS do servidor RHEL (Red Hat Enterprise Linux) com o hypervisor do KVM (Kernel-based Virtualization Machine) e funciona tanto com ambientes desktop, quanto com servidores. Em seu núcleo, o RHV fornece um servidor de gerenciamento de VM centralizado com uma interface baseada na web, ele pode trabalhar com sistemas operacionais baseados em Windows e Linux, e também suporta uma grande variedade de aplicações corporativas, tais como Oracle, SAP e mais.

A virtualização é uma abordagem bastante popular que continua a atrair cada vez mais usuários devido ao grande número de vantagens que pode proporcionar, incluindo eficiência operacional, maior flexibilidade em sua aplicação e menor complexidade em alguns casos. O problema aqui é que as máquinas virtuais como um todo dependem mais fundamentalmente de software do que de hardware, o que às vezes pode torná-las mais vulneráveis a problemas.

Por exemplo, um único processo pode fazer com que toda a máquina virtual falhe, já que cada uma delas executa vários processos ao mesmo tempo e a maioria estão conectados uns aos outros de maneiras diferentes. Isso também torna as VMs vulneráveis a vários vazamentos de memória e outros incidentes que podem resultar em perda de dados. Como tal, a proteção de dados e as medidas de backup são especialmente importantes quando se trata do RHV e das VMs como um todo.

Backup e restauração do RHEV

Backup do RHV

Assim como em muitas outras plataformas de virtualização, o RHV tem seus próprios meios de criar operações básicas de backup e recuperação com um pouco de personalização incluída. O comando de backup que queremos aqui é o engine-backup. Além dele, existem vários argumentos diferentes que podem ser acrescentados para personalizá-lo até certo ponto.


# engine-backup

Por exemplo, o -mode=backup especifica o tipo de operação, que foi definido como “backup” em nosso caso.

O -scope=all é o que específica quais arquivos serão copiados no processo. Nesse caso, “all” implica que todos os arquivos serão copiados, mas também há outras opções, como “files” para arquivos de produtos, “db” exclusivamente para banco de dados, “dwhdb” para informações do banco de dados do Data Warehouse, entre outros.

Além disso, você também teria que incluir -file=/backupups/backupengine080920 para especificar o nome do arquivo de backup e o caminho para ele. Como você pode ver, nosso backup seria salvo no diretório “backups” com o nome “backupengine080920“.

O argumento -log=/backupengine080920.log funciona de maneira semelhante, especificando o nome e o local para o arquivo de backup.

Informações adicionais sobre o backup, como uma operação, assim como vários outros argumentos, podem ser encontrados usando esse comando específico:


# engine-backup  – -help

Restauração do RHV

O processo de restauração dos backups do RHV funciona de maneira semelhante, mas é altamente recomendável fazer uma série de preparativos antes de realizá-lo, incluindo a limpeza e reinstalação da própria engine do RHV.

O primeiro comando trata da limpeza das configurações da engine que você tem atualmente, e deve ser escrito dessa forma:


# engine-cleanup  – -log=/backup/cleanup.log
O argumento -log aqui é quase idêntico ao que mostramos anteriormente, especificando o nome e o caminho para o arquivo do log de limpeza. O próximo passo aqui é desinstalar o pacote ovirt-engine e fazer mais alguns passos se o ovirt-provide-ovn for usado:

# yum remove ovirt-engine
# systemctl restart ovn-northd.service
# ovn-sbctl del-ssl
O uso da segunda e terceira linhas de comando não é necessário se o ovirt-provide-ovn não for usado, já que você não teria que reiniciar a autoridade certificadora nesse caso. O próximo passo lógico nesse processo seria reinstalar o pacote ovirt-engine e a própria engine do RHV:

# yum install ovirt-engine

# engine-backup  – -mode=restore  – -file=/backups/backupengine080920  – -log=/backupengine080920.log  – -restore-permissions

Enquanto o primeiro comando é autoexplicativo, o segundo tem um novo argumento, além dos três que já foram explicados. Esse argumento é o i>-restore-permissons, e pode ser necessário em alguns casos específicos (assim como o -no-restore-permissions) para restaurar dumps de backup personalizados.

A última parte de todo esse processo é a instalação da engine que acabamos de restaurar, usando um simples comando engine-setup.


# engine-setup

Soluções de backup para RHV

Como você pode ver pelas informações acima, tanto os processos de backup, como os de recuperação que o RHV oferece são bastante limitados e disponibilizam o mínimo necessário de personalização. Felizmente, existe uma série de outras soluções de backup para RHV que oferecem muitas opções para diferentes casos de uso, desde pequenas até grandes empresas.

Por exemplo, a solução de backup para RHV do Vembu oferece funcionalidades de backup a nível de guest e VM para máquinas virtuais baseadas no RHV, juntamente com uma grande variedade de recursos e benefícios. Alguns desses recursos são:

  • Capacidade de migrar VMs;
  • Recuperação a nível de aplicação;
  • Tecnologia de rastreamento de mudanças em bloco;
  • Backup app-aware para VMs;
  • Recuperação instantânea a nível de arquivo e rápida recuperação completa de VM;
  • Possibilidade de automatizar a verificação de backups, e mais.

O Veeam também tem uma funcionalidade própria para para proteger as máquinas do Red Hat Virtualization, com recursos como proteção baseada em snapshots, funções de continuidade de negócios melhoradas, além de flexibilidade em suas opções de recuperação e sua tecnologia Scale-out Backup Repository. A sobreposição de recursos é inevitável nesse mercado. Por isso, o Veeam também possui rastreamento de mudanças em bloco, recuperação a nível de aplicativo, e assim por diante.

O Acronis também oferece uma tecnologia de backup para RHV. Seu produto, Acronis Cyber Protect, pode oferecer funcionalidades de migração de servidores, backups baseados em aplicativos, diferentes tipos de backup, funcionalidades de recuperação de desastres e gerenciamento centralizado de backup. Além disso, ele suporta proteção híbrida em nuvem, backups baseados em imagens, e muito mais.

Nesse contexto, é também importante lembrar de soluções como o Bacula Enterprise e sua arquitetura modular que permite uma grande variedade de funcionalidades e integrações. Ela fornece não apenas o backup básico completo a nível de imagem para VMs do RHV, mas também a capacidade de fazer backup de máquinas em diferentes estados, bem como outros recursos que já discutimos anteriormente. Seu processo sem agentes fornece backup completo a nível de imagem, além de backups incrementais e diferenciais. Ele também é completamente independente em relação ao back-end de armazenamento.

Ao mesmo tempo, o Bacula Enterprise tem seus próprios recursos únicos, ou menos comuns, relacionados ao backup do RHV, como exclusão de disco, controles de backups que falharam, ofuscação de senha, exclusão de VM, diferentes tipos de backup e configuração rápida de VM restaurada. Ele é uma solução especialmente abrangente com uma grande variedade de funcionalidades para diferentes casos de uso e públicos-alvo na área de backup para Red Hat Virtualization. De fato, ele é uma ótima escolha não importa quão pequena ou grande seja sua empresa. Um dos motivos para isso é que a Bacula Systems não possui preços baseados em volume, de modo que os usuários são livres para fazer backup da quantidade de dados que quiserem.

Alguns outros recursos notáveis de backup e recuperação para RHV do Bacula, são a criação de snapshot e quiescing transparentes, restauração para o mesmo ou diferente cluster/armazenamento, instâncias virtuais existentes ou novas, restauração de arquivo individual, configuração de máquinas virtuais restauradas em tempo real e opção de restauração de arquivos simples para processamento posterior.

A exclusão de discos é uma boa adição a essa solução, que ajuda a controlar a granularidade do backup e os requisitos de capacidade. Os administradores podem configurar um backup geral, automatizado, para grandes conjuntos de VMs e podem optar por não fazer backup de locais específicos de armazenamento. Ao mesmo tempo, os usuários podem manter uma configuração personalizada para simplificar as tarefas administrativas. A exclusão de VMs também está disponível.

Alguns usuários podem ter uma necessidade crítica de fazer backup de dados que estão sendo utilizados, e nesse caso, o backup para RHV em estado de “funcionamento”, “pausado” ou “desligado” do Bacula pode ser inestimável.

Vale mencionar que nem todas as soluções de backup no mercado podem oferecer funcionalidades para RHV a nível de VM. No entanto, ainda existem muitos softwares de backup que focam em outras partes desse mesmo campo, ou que ainda não teve a capacidade de implementar esses recursos. O Dell NetWorker é um bom exemplo disso. Ele ainda não consegue fazer backups a nível de imagem para VMs da Red Hat, e é por isso que ele só é capaz de criar backups dessas máquinas a nível de guest (isso também se aplica a outros ambientes KVM).

Conclusão

O uso de máquinas virtuais tem sido, há algum tempo, uma coisa bem popular em muitos setores diferentes, tornando mais fácil para muitos tipos diferentes de organizações serem mais produtivas, eficientes e flexíveis. A vulnerabilidade das máquinas virtuais ainda é um problema bastante preocupante, mas este artigo talvez tenha sido suficiente para mostrar a você que existem ótimas soluções de backup e recuperação para RHV, tanto integradas quanto de terceiros, oferecendo uma riqueza de diferentes recursos, benefícios e vantagens, para superar quaisquer desafios que você possa estar enfrentando.

Sobre o autor
Rob Morrison
Rob Morrison é o diretor de marketing da Bacula Systems. Ele começou sua carreira de marketing de TI na Silicon Graphics, na Suíça, e desempenhou intensamente várias funções de administração de marketing por quase 10 anos. Nos 10 anos seguintes, Rob também ocupou vários cargos de administração de marketing na JBoss, Red Hat e Pentaho, assegurando o crescimento da participação no mercado dessas empresas reconhecidas. Ele é formado pela Universidade de Plymouth e tem um diploma de honras em mídia digital e comunicação, além de ter feito um programa de estudos no exterior.
Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *